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terça-feira, 3 de julho de 2018

Biossegurança em Laboratórios de Análises Clínicas



O termo biossegurança pode ser definido como os princípios de contenção, tecnologias e práticas implementadas para evitar a exposição a agentes patogênicos, toxinas ou sua acidental liberação. A biossegurança inclui medidas de proteção contra os riscos de contaminação por microrganismos nos laboratórios que realizam testes e investigações médicas ou científicas de patógenos, manipulam produtos potencialmente contaminados, principalmente no que diz respeito à saúde das pessoas.

Um dos principais objetivos dessas medidas é proteger principalmente os profissionais que trabalham na área, mas também há a preocupação com o meio ambiente, descartando os resíduos de forma adequada, e com a população.

O conjunto de ações implementadas pela premissa da biossegurança busca minimizar e até mesmo eliminar os riscos para a saúde, o ambiente, o paciente e os profissionais. Mesmo com tantos cuidados, tecnologias, padrões e regulamentação um dos grandes problemas para que o número de incidentes dessa natureza continue elevado é o comportamento inadequado dos profissionais. Um exemplo muito comum ainda é o acidente com perfurocortantes, que ocorre geralmente durante o uso e descarte de agulhas e dispositivos similares.

Tipos de procedimentos e cuidados em um laboratório

Todos os procedimentos devem ser avaliados para verificar a capacidade de transmitir doenças:


  • Contato direto com objetos cortantes contaminados;
  • Contaminação por qualquer uma das quatro vias principais: inalação, inoculação, ingestão e contato com mucosas;
  • Produção de aerossóis que podem ser inalados ou produzir gotículas, sendo transmitidos para as membranas mucosas ou ingerido devido ao contato indireto;
  • Descarte de perfurocortante em recipiente adequado;
  • Utilização de luvas em procedimentos de coleta e manipulação de amostras;
  • Manuseio de materiais cortantes com cuidado;
  • Quando for necessário, usar EPI (Equipamentos de Proteção Individual) como máscaras, luvas e jaleco;
  • Identificar corretamente todos os materiais, principalmente os de risco biológico;
  • Conhecer os procedimentos realizados, assim como manuseio de equipamentos e materiais.



Apesar dos avanços na tecnologia, da disponibilidade de instrumentos sofisticados para uso em laboratório e a disponibilidade de equipamentos de proteção individual, o erro humano continua a ser um dos principais fatores na origem de acidentes. Por esse motivo é muito importante o treinamento e orientação dos profissionais de forma que conheçam as práticas, técnicas, normas e procedimentos em biossegurança.

Um programa de biossegurança laboratorial deverá avaliar os riscos biológicos baseados nos agentes infecciosos e tipos de amostras que analisa. Assim cada laboratório irá determinar um procedimento específico para o seu tipo de atendimento, dependendo da área de atuação. As instalações devem atender aos requisitos e os profissionais devem ser treinados para seguir o padrão de biossegurança estabelecido.

A “cultura de biossegurança” deve ser estabelecida com políticas consistentes e orientações claras, integrada aos procedimentos administrativos, de rotina e também de conscientização dos profissionais para identificar ameaças e minimizar qualquer tipo de risco, seja à saúde, ao resultado ou ao ambiente.

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