Essas células são dividas em dois grandes grupos:os Polimorfonucleares e os Mononucleares.
Polimorfonucleares
Os polimorfonucleares compreendem os granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. A medula produz em média 20 a 30 x 109 polimorfonucleares por dia. O que permite a diferenciação entre os polimorfonucleares são as granulações secundárias formadas a partir do estágio de mielócito. Sem elas, os granulócitos apresentam o mesmo padrão morfológico. As células progenitoras dos polimorfonucleares ficam no estroma da medula e, à medida que elas maturam, deixam o estroma e ganham os sinusóides. Assim, as precursoras e as células normalmente encontradas na medula e sangue periférico são sucessivamente: mieloblastos, promieloblastos, mielócitos, metamielócitos, bastonetes e polimorfonucleares (segmentado, eosinófilo, basófilo), que apresentam padrões similares de proliferação, diferenciação, maturação, armazenamento na medula óssea e liberação para o sangue periférico.
Mieloblastos → Este termo descreve uma célula imatura típica de medula óssea, de forma arredondada, citoplasma escasso com uma basofilia discreta ou moderada, sem granulações, exceto no LMA, onde podem apresentar granulações primárias. O núcleo é arredondado ou oval com cromatina fina e reticulada. Os nucléolos geralmente estão presentes em número de até
5.
Promielócito → Tem como característica o aparecimento de uma granulação fina azurófila e inespecífica seguida de uma granulação específica mais grosseira, inclusive por sobre o núcleo. Os nucléolos são evidentes no início desta fase ficando menos proeminentes à medida que a célula se desenvolve.
Mielócito → Neste estágio é definida a característica do neutrófilo, ou seja, aparecem as granulações secundárias que vão caracterizar a célula como neutrófilo, basófilo ou eosinófilo. O núcleo é geralmente excêntrico, redondo ou ovalado, e o nucléolo não é mais visível.
Metamielócito → Nesta fase, a célula não é mais capaz de dividir-se. Os nucléolos não podem ser vistos indicando o fim da síntese de DNA. O núcleo apresenta-se ovalado com uma reentrância (chanfradura).
Bastonete (bastão) → A condensação da cromatina é intensa e o núcleo assume a forma de um bastão uniforme.
Segmentado → apresenta constrições nucleares, unidas por filamentos de cromatina, que formam dois ou mais lóbulos nucleares.
As granulações citoplasmáticas secundárias presentes nestas últimas fases de maturação dos polimorfonucleares coram-se tanto pelo azul de metileno como pela eosina. O nome de cada célula corresponde ao fato das granulações serem neutras (neutrófilos), corar pela eosina (eosinófilos) ou azul de metileno (basófilo).
Cinética e função dos polimorfonucleares (granulócitos)
Neutrófilos:
A cinética dos neutrófilos diz respeito aos processos que vão desde a sua produção pela medula óssea, até seu consumo nos tecidos. São identificados três compartimentos.
a- Medula óssea, onde se observa um equilíbrio entre Stem cell, células mitóticas e células maduras, ou seja, as células que amadurecem e abandonam este compartimento são substituídas através da divisão de outras células do compartimento;
b- Sangue periférico →Nem todos os neutrófilos que estão nos vasos estão circulando. Aqui temos dois sub-compartimentos: o circulante composto de segmentados e bastonetes (que são os neutrófilos contados quando da realização do hemograma), e o marginal formado por neutrófilos aderidos às paredes vasculares, e que entram imediatamente em circulação em função das necessidades. O exercício e a adrenalina mobilizam os neutrófilos do compartimento marginal para o compartimento circulante alterando o leucograma.
c- Tecidos, para onde os neutrófilos migram para exercerem suas funções.
Função dos neutrófilos→ Através de suas propriedades de motilidade, quimiotaxia, ação bactericida e digestão, os neutrófilos têm como principal função a fagocitose de corpos estranhos e bactérias, além de participar dos processos inflamatórios.
Destino dos neutrófilos→ Em condições normais, o tempo de maturação do mieloblasto até o segmentado é de 4 a 6 dias. No sangue periférico, os neutrófilos circulam em torno de 7 horas. Daí, ou são destruídos, ou migram para os tecidos. Uma vez nos tecidos estas células nunca voltam ao sangue. Efetuam suas funções de fagocitose e são destruídos no local ou nos gânglios pelas células reticulares.
Alteração no número de neutrófilos
Neutrofilias
• fisiológicas→exercícios físicos, estresse, gravidez, recém-nascidos
• não fisiológicas→infecções bacterianas agudas, inflamações agudas sem infecções(cirurgias, queimaduras, infartos, artrite reumatóide, vasculite), hemorragias e hemólises agudas, doenças mieloproliferativas (LMC, policitemia Vera, mielofibrose), cânceres (carcinoma, linfoma, melanoma), alterações metabólocas (uremia, acidose diabética).
Neutropenias (↓) →processos infecciosos graves (depleção dos neutrófilos da medula óssea), infecções virais em geral, protozoárias e fúngicas, drogas, fatores nutricionais e causas imunológicas.
Mononucleares
Links úteis
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/leucocitos-polimorfonucleares-granulocitos/25512
https://www.tuasaude.com/monocitos/
Polimorfonucleares
Os polimorfonucleares compreendem os granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. A medula produz em média 20 a 30 x 109 polimorfonucleares por dia. O que permite a diferenciação entre os polimorfonucleares são as granulações secundárias formadas a partir do estágio de mielócito. Sem elas, os granulócitos apresentam o mesmo padrão morfológico. As células progenitoras dos polimorfonucleares ficam no estroma da medula e, à medida que elas maturam, deixam o estroma e ganham os sinusóides. Assim, as precursoras e as células normalmente encontradas na medula e sangue periférico são sucessivamente: mieloblastos, promieloblastos, mielócitos, metamielócitos, bastonetes e polimorfonucleares (segmentado, eosinófilo, basófilo), que apresentam padrões similares de proliferação, diferenciação, maturação, armazenamento na medula óssea e liberação para o sangue periférico.
Mieloblastos → Este termo descreve uma célula imatura típica de medula óssea, de forma arredondada, citoplasma escasso com uma basofilia discreta ou moderada, sem granulações, exceto no LMA, onde podem apresentar granulações primárias. O núcleo é arredondado ou oval com cromatina fina e reticulada. Os nucléolos geralmente estão presentes em número de até
5.
Promielócito → Tem como característica o aparecimento de uma granulação fina azurófila e inespecífica seguida de uma granulação específica mais grosseira, inclusive por sobre o núcleo. Os nucléolos são evidentes no início desta fase ficando menos proeminentes à medida que a célula se desenvolve.
Mielócito → Neste estágio é definida a característica do neutrófilo, ou seja, aparecem as granulações secundárias que vão caracterizar a célula como neutrófilo, basófilo ou eosinófilo. O núcleo é geralmente excêntrico, redondo ou ovalado, e o nucléolo não é mais visível.
Metamielócito → Nesta fase, a célula não é mais capaz de dividir-se. Os nucléolos não podem ser vistos indicando o fim da síntese de DNA. O núcleo apresenta-se ovalado com uma reentrância (chanfradura).
Bastonete (bastão) → A condensação da cromatina é intensa e o núcleo assume a forma de um bastão uniforme.
Segmentado → apresenta constrições nucleares, unidas por filamentos de cromatina, que formam dois ou mais lóbulos nucleares.
As granulações citoplasmáticas secundárias presentes nestas últimas fases de maturação dos polimorfonucleares coram-se tanto pelo azul de metileno como pela eosina. O nome de cada célula corresponde ao fato das granulações serem neutras (neutrófilos), corar pela eosina (eosinófilos) ou azul de metileno (basófilo).
Cinética e função dos polimorfonucleares (granulócitos)
Neutrófilos:
A cinética dos neutrófilos diz respeito aos processos que vão desde a sua produção pela medula óssea, até seu consumo nos tecidos. São identificados três compartimentos.
a- Medula óssea, onde se observa um equilíbrio entre Stem cell, células mitóticas e células maduras, ou seja, as células que amadurecem e abandonam este compartimento são substituídas através da divisão de outras células do compartimento;
b- Sangue periférico →Nem todos os neutrófilos que estão nos vasos estão circulando. Aqui temos dois sub-compartimentos: o circulante composto de segmentados e bastonetes (que são os neutrófilos contados quando da realização do hemograma), e o marginal formado por neutrófilos aderidos às paredes vasculares, e que entram imediatamente em circulação em função das necessidades. O exercício e a adrenalina mobilizam os neutrófilos do compartimento marginal para o compartimento circulante alterando o leucograma.
c- Tecidos, para onde os neutrófilos migram para exercerem suas funções.
Função dos neutrófilos→ Através de suas propriedades de motilidade, quimiotaxia, ação bactericida e digestão, os neutrófilos têm como principal função a fagocitose de corpos estranhos e bactérias, além de participar dos processos inflamatórios.
Destino dos neutrófilos→ Em condições normais, o tempo de maturação do mieloblasto até o segmentado é de 4 a 6 dias. No sangue periférico, os neutrófilos circulam em torno de 7 horas. Daí, ou são destruídos, ou migram para os tecidos. Uma vez nos tecidos estas células nunca voltam ao sangue. Efetuam suas funções de fagocitose e são destruídos no local ou nos gânglios pelas células reticulares.
Alteração no número de neutrófilos
Neutrofilias
• fisiológicas→exercícios físicos, estresse, gravidez, recém-nascidos
• não fisiológicas→infecções bacterianas agudas, inflamações agudas sem infecções(cirurgias, queimaduras, infartos, artrite reumatóide, vasculite), hemorragias e hemólises agudas, doenças mieloproliferativas (LMC, policitemia Vera, mielofibrose), cânceres (carcinoma, linfoma, melanoma), alterações metabólocas (uremia, acidose diabética).
Neutropenias (↓) →processos infecciosos graves (depleção dos neutrófilos da medula óssea), infecções virais em geral, protozoárias e fúngicas, drogas, fatores nutricionais e causas imunológicas.
Mononucleares
Representados pelo Monócito apenas,não contem grânulos e nem lóbulos no seu núcleo.Monócitos altos
Quando os valores de monócitos ficam altos, condição também chamada de monocitose, pode significar a presença de infecções crônicas como tuberculose e colite ulcerativa, e problemas no sangue como leucemia monocítica aguda.
Além disso, esse valores também podem aumentar nas doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide, e em alguns tipos de câncer, como mieloma múltiplo e Doença de Hodgkin.
Monócitos baixos
Quando os valores de monócitos estão baixos, condição chamada de monocitopenia, normalmente significa que o sistema imunológico está enfraquecido, como acontece em casos de infecções no sangue, tratamentos de quimioterapia e problemas na medula óssea, como anemia aplástica e leucemia. Além disso, casos de infecções na pele, uso de corticoides e infecção pelo HPV também podem causar diminuição do número de monócitos.
É raro o aparecimento de valores próximos a 0 de monócitos no sangue e, quando ocorre, pode significar a presença da Síndrome de monoMAC, que é causada pela presença de infecções, especialmente na pele, em pessoas com alterações genéticas que causam problemas na produção de monócitos na medula óssea. Nestes casos, o tratamento é feito com medicamentos para combater a infecção, como antibióticos, podendo ser necessário também fazer um transplante de medula para curar o problema genético.
Os Linfócitos também pertencem a essa classe.
Em breve irei especificar cada Leucócito em uma postagem separada.
Links úteis
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/leucocitos-polimorfonucleares-granulocitos/25512
https://www.tuasaude.com/monocitos/
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