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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Wuchereria bancrofti e a Filariose

A  filaríase, filariose ou elefantíase é uma doença parasitária, considerada como doença tropical infecciosa, causada por nematóides filariais da superfamília Filarioidea, também conhecida como Filariae.

A forma sintomática mais conhecida da doença é a filaríase linfática, popularmente chamada de elefantíase em referência do inchaço e engrossamento da pele e tecidos subjacentes, que foi a primeira, entre as enfermidades infecciosas transmitidas por insetos, a ser descoberta.

Tipos

Existem nove nematoides filariais conhecidos, que usam os humanos como hospedeiros definitivos. São divididos em três grupos de acordo com o nicho que ocupam dentro do corpo:


  • filariose linfática
  • filariose subcutânea
  • filariose da cavidade serosa.
A filariose linfática é causada pelos vermes Wuchereria bancrofti , Brugia malayi e Brugia timori. Essas filárias ocupam o sistema linfático, incluindo os gânglios linfáticos, causando linfedema e, em casos crônicos, levando à doença conhecida como elefantíase.

Vermes Adultos 

Os adultos machos e fêmeas se localizam nos grandes troncos e vasos linfáticos, tais como os axilares, inguinais, pélvicos e abdominais, formando novelos que geram embaraço na circulação de drenagem linfática. Os adultos são vermes alongados, de cutícula lisa, com esôfago muscular e glandular. Os machos medem por volta de 4 cm, possuem papilas sensoriais anteriores pedunculadas e parte posterior recurvada ventralmente; as fêmeas, de 8–10 cm, possuem útero simples, com vulva anterior.

Ovos 
A casca é bastante delgada e complacente, formando uma bainha, permitindo que o embrião tome forma alongada e tenha movimentação própria. Esse embrião móvel é chamado de microfilária.








Microfilária 

    

Embrião alongado e  móvel.As microfilárias ao chegarem ao tubo digestivo do vetor, perdem a bainha e libertam a larva de primeiro estágio.











Larva de Primeiro Estágio








Essa larva atravessa a parede digestiva do vetor e migra para os músculos torácicos, permanecendo aí entre 7-10 dias.










Larva de Segundo Estágio 






A Larva Primeira evolui para larva de segundo estádio, permanecendo mais 10-15 dias.





Larva Terceiro Estágio





E a larva que abandona a musculatura e se dirige para a probóscide do mosquito Culex,é a forma infectante para o ser humano.

Ciclo de Biológico 





Ciclo no inseto

Ao sugar o sangue de uma pessoa parasitada, no período em que há microfilárias circulantes, o mosquito Culex quinquefasciatus  ingere um certo número destas larvas. Elas perfuram a parede do estômago do mosquito e dirigem-se ao tórax. Nos cinco primeiros dias encurtam, assumindo um aspecto de salsichas. Voltam depois a crescer e, por volta do oitavo ou nono dia, passam pela primeira muda.

A larva de segundo estádio cresce rapidamente, chegando a triplicar ou quadriplicar de tamanho em quatro dias. Dirige-se então para a hemolinfa, passando pela segunda muda. Esta é a forma infectante para o hospedeiro vertebrado (homem). Seu comprimento é de pouco menos de 2mm. A larva move-se ativamente e se aloja na bainha da tromba (lábio) do inseto.

Ciclo no homem

Quando o inseto volta a sugar sangue, a larva infectante perfura o lábio do mosquito e invade o organismo humano, através da pequena lesão deixada pela picada. No homem, as larvas penetram nos vasos linfáticos e iniciam sua longa migração até chegarem aos locais de permanência definitiva. Lá se desenvolvem e acredita-se que passem por mais duas mudas até se tornarem adultos, quando acasalam e produzem novas microfilárias. Esse período é longo (cerca de um ano).


Sintomas de Filariose

Na fase aguda podem aparecer fenômenos inflamatórios, entre eles inflamação dos vasos linfáticos e linfadenites, além de sintomas gerais, como febre, dor de cabeça, mal estar, entre outros. Mais tarde, por um período que pode levar meses ou anos, os pacientes podem apresentar inchaço de membros, e/ou mamas no caso das mulheres, e inchaço por retenção de líquido nos testículos no caso dos homens. Doenças infecciosas da pele são frequentes e presença de gordura na urina são outras possíveis manifestações. Pode ainda haver a evolução para formas graves e incapacitantes de elefantíase (aumento excessivo do tamanho de membros).


Diagnostico 


  • Gota Espessa;
  • Análise direta do Sangue;
  • PCR;
  • Linfocitigrafia;
  • Análise da Linfa.

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