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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Função dos rins no controle do pH plasmático



O pH do meio interno tem grande importância na atividade enzimática e no estado das proteínas do organismo, é necessário que este pH se mantenha ao redor de 7,4 para o funcionamento adequado dos processos biológicos intra e extracelulares. Entretanto, o metabolismo celular tende a submeter o meio interno a uma sobrecarga de ácidos, pois os produtos catabólicos são, em geral, ácidos. O papel dos rins na manutenção do equilíbrio ácido-base é, pois, facilitar a excreção de radicais ácidos e conservar bases, o que é feito através da secreção tubular de hidrogênio e amônio e da reabsorção tubular de bicarbonato.

SECREÇÃO DE HIDROGÊNIO

       O íon H+ secretado para a luz tubular pose ser gerado no interior da célula tubular, a partir da reação entre CO2 e H2O.

H2O + CO2 <----> H2CO3 <-----> H + HCO3-
andrase carbônica

       Esta secreção de H+ ocorre no túbulo proximal preferencialmente pelo trocador Na+/H+ num processo eletroneutro (1 para 1).

      O túbulo proximal também secreta íons hidrogênio atravês de uma bomba de H+ dependente de hidrólise de ATP ( H+ ATPase) localizada na membrana luminal que é responsável por cerca de 10 a 35% da secreção proximal de H+.

      No ramo grosso ascendente, a secreção de hidrogênio também se dá através do tracador Na+/H+.

      Na porção distal do néfron também há secreção de H+ que envolve uma H+ ATPase do tipo vacuolar e outros mecanismos como trocadores Na+/H+ e H+ ATPase.

REABSORÇÃO DE BICARBONATO

      Em condições normais, todo o bicarbonato filtrado é reabsorvido ao longo do néfron num processo que não ocorre saturação.

      A reabsorção de HCO3- é indireta, uma vez que é removido do fluido tubular na forma de CO2 e H2O. Depois o bicarbonato sai pela membrana basolateral de co-transporte Na+ (HCO3-) e outros mecanismos como o tracador Cl- / HCO3- e Na+ (HCO3-).

EXCREÇÃO DE SAIS DE AMÔNIO.

       Do ponto de vista de equilíbrio ácido-base, a excreção de amônio é extremamente importante.

       A amônia (NH4+) é formada a partir da metabolização da glutamina:

       Glutamina <----> NH4+ + alfa-cetoglutarato

       O amônio é secretado e eliminado na urina final. O alfa-cetoglutarato é metabolizado a gás carbônico, a glicose ou a bicarbonato o qual é reabsorvido.

       Assim para cada íon Hidrogênio que é excretado (na forma de NH4+), um novo íon HCO3- é transferido para o sangue, repondo o bicarbonato que foi perdido devido a ingestão ou geração de ácidos no organismo, mantendo-se o equilíbrio ácido-base do indivíduo.

CONTROLE DO pH PLASMÁTICO

       Com o aumento do pH arterial ocorre um aumento da disponibilidade intracelular de íons Hidrogênio, elevando assim a sua secreção para o lúmen tubular. Como cada íon H+ secretado resulta na adição de um íon bicarbonato ao plasma, o pH do sangue tende a se normalizar. Opostamente, numa alcalose a excreção renal de H+ é diminuída para corrigir o pH.

CONCLUSÃO

         O mecanismo renal para a regulação do equilíbrio ácido-básico não pode reajustar o pH em segundos como os sistemas tampões do líquido extracelular, nem em minutos, como o mecanismo compensatório respiratório, mas é diferente destes outros dois porque pode manter-se em funcionamento durante horas ou dias até que o pH retorne quase exatamente ao normal. Em outras palavras, sua capacidade final de regular o pH dos líquidos corporais, apesar de sua ação lenta, é infinitamente mais potente que a dos outros dois mecanismos reguladores.

Fontes: http://www.terravista.pt/bilene/6547/rinph.htm

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/moda/funcao-dos-rins-no-controle-do-ph-plasmatico/360

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